sábado, 7 de abril de 2012

Ele sempre foi assim,

desde garotinho se contentava com tão pouco, sempre teve e aceitou tudo de mão beijada. Quando lhe fechavam uma porta, ele nunca tentara abrir uma janela. E cresceu assim, um ser inanimado, sem escrúpulos e sem carácter. Colocava sentimentos onde não se tinha e onde ele mesmo não acreditava que se poderia ter, pobre garotinho ingenuo.. achava que conhecia a vida e quando menos esperava, ela lhe dava outra rasteira. E não o culpo; talvez, talvez no fundo metade da culpa seja realmente dele, por não tentar mudar, por não desejar, por não almejar. Por outro lado, como poderia ele aprender sem ser ensinado, dar carinho sem ter recebido, falar a verdade quando só ouviu mentiras? 


—  Gabriela S. Pinho

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