sábado, 7 de abril de 2012

Ando tão dependente de casa,

da minha casa mais precisamente. Imploro que os fins de semana cheguem para que por algum milagre alguém resolva me tirar dela. Mas nunca acontece. E quando acontece, eu acabo desistindo ou remarcando. Todos os dias assim que ponho o pé fora de casa, só espero que o tempo passe voando para que eu possa voltar a me encolher debaixo do cobertor e ouvir uma música, talvez ler um pouco antes de dormir para que comece tudo outra vez. E é sempre assim tentando não pensar, nem sentir para que as coisas não piorem. 


—  Gabriela S. Pinho

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