sábado, 7 de abril de 2012

Dizem que tudo terminará bem,

e que se não está, é porque ainda não chegou o fim. Eu não acredito nisso, sinceramente, acho que pessoas podem se sentir tristes a vida toda. Claro, haverá sempre aqueles momentos onde sentimos o coração pular pela boca, as borboletas no estomago ou quando esquecemos de respirar. Mas são apenas momentos, e eles passam. Certa vez ouvi dizer que a cada mil minutos que vivemos, apenas 5 se resumem a boas lembranças, e o resto é dia-a-dia; pra dizer a verdade não me lembro ao certo quem escreveu isso, mas foi realmente sábio. Lembro-me de ter vivido momentos onde realmente fui feliz, feliz mesmo. Mas não lembro-me exatamente de como as coisas vieram a ocorrer ou se desenvolveram, tenho memórias vagas, lembranças borradas, buracos onde parte dessas lembranças se esvaem. Quando acesso minhas caixinha de memórias lembro de tudo mas é superficial, tenho apenas “reflexos”, o resto sempre cabe a mim imaginar. Desculpem-me o pensamento pessimista, mas como podemos achar que tudo vai terminar perfeitamente bem? O ser humano por mais desenvolvido que seja, é um ser fraco, fatalidades ou até mesmo coisas mais irrelevantes podem separar duas pessoas. Você passa a vida toda esperando que dê certo com tal pessoa e pode perder-la do dia pra noite por uma doença terminal. Ou então, você cria sua filha com tanto amor e sacrifícios pra certo dia ela atravessar a rua e um filho da puta bêbado atropelar-la. Fora as pessoas que vivem no vazio, quero dizer, aquelas que passam a vida sonhando e não conseguem,aquelas que passam a vida amando e não são correspondidas, aquelas que foram amadas e não correspondiam, aquelas que amaram, foram correspondidas mas no final algo deu errado ou aquelas que guardam dores, sentimentos, palavras, se mostram felizes mas passam o dia trancadas no quarto. Aquela tipica frase tão clichê que usamos quando chegam os fins; Felizes para sempre, apenas não existe. 


—  Gabriela S. Pinho

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